terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ser Maçom



Entre os maçons que conheço, quase sempre foram três as razões que os conduziram ao caminho da Maçonaria.
Uma das mais comuns, deve-se à herança dos princípios maçónicos que têm levado muitos a trilharem pelos caminhos que outros como objecto da sua admiração lhes indicaram, e de certo modo, legaram na sua formação humana e cívica.
Outra razão, igualmente comum, se não mesmo a mais frequente, está associada ao convite directamente formulado por alguém, que na qualidade de Maçon, revê em alguém, que não o sendo ainda, as qualidades e as características que entende, de boa fé, constituírem a base de um potencial Irmão Maçon.
Finalmente a terceira razão, e decerto a menos frequente, mas não necessariamente menos importante, resulta de uma busca ou encontro mais ou menos fortuito, a que se seguiu o apelo e a atracção da cultura e causa maçónicas.

De qualquer modo, e indiferentemente do modo como cada indivíduo se tornou Maçon, importa saber as razões que levam a cada momento, milhares de pessoas em todo o mundo a abraçarem uma causa, que para a maioria da pessoas é “secreta”, mas que para os mais atentos, é apenas “discreta”.

À imagem pública de “secretismo” segundo a qual, indivíduos de postura suspeita, se reúnem em locais secretos numa atitude quase conspirativa, para aí desenvolverem acções de influência ou de lobby em proveito próprios, sobrepõe-se outra bem diferente e mais consistente com a realidade.
De facto, ser-se Maçon, é pensar-se em si mesmo como um templo que se vai construindo numa busca constante pela melhoria e aperfeiçoamento enquanto indivíduo, e pensar na sociedade geral que o rodeia e acolhe, como objecto igualmente importante da sua acção enquanto ser integrado na mesma, na busca pela Justiça, a Verdade, a Honra e o Progresso, que caracterizam os Maçons, que neles, aplicam dedicadamente toda a sua Força, a sua Sabedoria e buscando a Beleza nas acções e nas obras.
Com efeito, ser-se Maçon, significa trabalhar com dedicação, numa causa de que todos beneficiem, não sujeitar-se a dogmas ou interesses que excluam o bem social dos demais. É acreditar que a saúde, a educação e a cultura são bens essenciais e que a evolução se dá pela via da instrução e do conhecimento e assim, promovê-los de uma forma acessível e universal.
Poderia dizer-se que não se é Maçon porque se quer simplesmente sê-lo. Ser-se Maçon, é sobretudo uma forma de estar que resulta de um esforço continuado, de modo que não se é Maçon porque se tornou apenas, mas porque os outros nos reconhecem como tal.

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