domingo, 27 de novembro de 2011

 
 
 
 
‎- AS SETE LÁGRIMAS DE UM VELHO MAÇOM -

"Num cantinho de um Templo, sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste Velho Maçom chorava.

De seus olhos molhados estranhas lágrimas desciam-lhe pelas faces e, não sei porque, contei-as... foram sete. Na incontida vontade de saber. Aproximei-me e o interroguei:

- Fala, meu Velho Mestre! Diz ao teu Aprendiz por que externais assim tão visível dor?

E ele, suavemente me respondeu:

- Está vendo estes Irmãos que entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles.

- A Primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...

- A Segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam...

- A Terceira, distribuí aos maus, àqueles que somente procuram a Loja para promover a discórdia entre os Irmãos...

- A Quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma Força Espiritual, procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra Amor...

- A Quinta, aos que chegam com suavidade, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio no G.'.A.'.D.'.U.'.., na Ordem e nos meus Irmãos, mas somente se eu puder me servir...

- A Sexta, doei aos fúteis que vão de Loja em Loja buscando aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente...

- A Sétima, meu amado Irmão, notas como foi grande e deslizou pesada! Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos do Verdadeiro Maçom. Fiz doação desta aos Irmãos vaidosos, que só aparecem na Loja em Dia de Festas e faltam às reuniões; esquecem que existem Irmãos precisando de Caridade e tantos seres humanos necessitando de amparo material e espiritual...

Assim, caro Irmão, foi para todos estes que vistes cair uma a uma.

Ir.'. Jorge Levi - M.'. I.'. - Or.'. do Rio de Janeiro - Extráido do O CONTINENTINO
 
- A ABREVIATURA NA MAÇONARIA -

Para que os rituais e os impressos maçônicos não sejam entendidos pôr profanos, é costume fazer abreviaturas, através da apócope de palavras escritas, colocando, logo depois do corte na palavra, os três pontos em formato de delta, ou seja, ocupando os três ângulos de um triângulo equilátero.

Evidentemente, existe um certo número de palavras que, abreviadas, são entendidas pelos Maçons; o que não se pode fazer é chegar ao excesso de abreviar, indiscriminadamente, qualquer palavra, numa prática que, lamentavelmente, tem sido muito seguida, tornando incompreensíveis certos rituais, até para os próprios Maçons do rito.

Para formar as abreviaturas, existem duas regras fundamentais:

1 – O corte das palavras deve ser feito, sempre, entre uma consoante e uma vogal; pôr exemplo: Or.'.= Oriente. A única exceção a essa regra, é a palavra Irmãos, cuja abreviatura costumeira é Ir.'.. Alguns autores costumam citar, também, como exceção, a palavra Aprendiz, cuja abreviatura seria Ap.'., ocorre, entretanto, que essa forma é errada, pois a abreviatura correta e mais usual é Apr.'..

2 – O plural das palavras é feito através da repetição da letra inicial; pôr exemplo: OOr.'. = Orientes; VVig.'. = Vigilantes; IIr.'. = Irmãos.

Existe, todavia, uma outra forma, menos costumeira, mas é usada por algumas Obediências européis e que consiste em repetir a palavra abreviada, para indicar o plural; exemplos: Or.'.Or.'. = Orientes; Vig.'.Vig.'. = Vigilantes; Ir.'.Ir.'. = Irmãos.

As principais abreviaturas usadas, em Maçonaria, são:

Ac.'. = Acácia

A.'. ou Alt.'.= Altar

A.'. dos JJur.'. = Altar dos Juramentos

A.'. dos PPer.'.= Altar dos Perfumes

Apr.'. = Aprendiz

Aters.'. = Atersata

Aum.'.de Sal.'. = Aumento de Salário

Av.'. = Avental

Bal.'. = Balaústre

Bat.'. = Bateria

Cad.'.de Un.'. = Cadeia de União

Cam.'.de Refl.'.= Câmara de Reflexão

Chanc.'. = Chanceler

Cobr.'. = Cobridor

Col.'. = Coluna

Col.'.Grav.'.= Coluna Gravada

C.'. = Companheiro

Comp.'. = Compasso

Cons.'. de Fam.'. = Conselho de Família

Delt.'. Rad.'. = Delta Radiante

Diac.'. = Diácono

Entr.'.CCol.'. = Entre Colunas

Esp.'. = Espada

Esp.'.Flam.'. = Espada Flamejante

Estr.'. = Estrela

Estr.'.Flam.'.= Estrela Flamejante

Exp.'. = Experto

FF.'.dd.'.VV.'. = Filhos da Viúva

G.'.d.'. L.'. = Guarda da Lei

G.'.d.'.T.'. = Guarda do Templo

Gr.'.= Grande, ou grão

Gr.'.M.'. = Grão Mestre

Gl.'. = Glória

Hosp.'. = Hospitaleiro

Hospit.'. = Hospitalaria

In.'. = Iniciação

Ir.'. ou Irm.'. = Irmão

J.'. e P.'. = Justo e Perfeito

Livr.'. ou L.'. = Livro (L.'. sozinho é mais para indicar a Luz)

L.'.da L.'. = Livro da Lei

L.'.das SS.'. EE.'. = Livro das Sagradas Escrituras

Loj.'. = Loja

Maç.'. = Maçom

Maçon.'. = Maçonaria

Maçon.'. Fil.'. = Maçonaria Filosófica

Maçon.'.Simb.'. = Maçonaria Simbólica

M.'. de CCer.'. = Mestre de Cerimônias

M.'.de Harm.'. = Mestre de Harmonia

M.'. I.'. = Mestre Instalado

M.'.M.'. = Mestre Maçom

N.'. = Nível

Obr.'. = Obreiro

Ob.'. = Obediência

Of.'. = Oficina

Ofic.'. = Oficial

Ord.'. = Ordem

Or.'. = Oriente

Orad.'. = Orador

Orat.'. = Oratória

Oc.'. = Ocidente

Pain.'. = Painel

P.'.de P.'. = Palavra de Passe

P.'.S.'.= Palavra Sagrada

P.'.Sem.'. = Palavra Semestral

P.'.M.'. = Past Master

P.'.M.'.I.'. = Past Master Imediato (mais recente)

P.'.Mos.'.= Pavimento Mosaico

Peç.'.de Arq.'. = Peça de Arquitetura

Pot.'. = Potência

Pr.'. = Prancha

Pranch.'. = Prancheta

Prof.'. = Profano

Prop.'. = Proposta

Perp.'.= Perpendicular

Q.'.P.'. = Quite-Placet

Reg.'. = Régua

Rit.'.= Ritualística

Rit.'. e Lit.'. = Ritualística e Liturgia

Sagr.'. = Sagração

Sal.'.dos PP.'.PPerd.'.= Sala dos Passos Perdidos

Seren.'. = Sereníssimo

Sess.'.Br.'.= Sessão Branca

Sess.'.Econ.'. = Sessão Econômica

Sess.'.Esp.'.= Sessão Especial

Sess.'.Magn.'. = Sessão Magna

Simb.'. = Símbolo

Secret.'.= Secretaria

Secr.'.= Secretário

Sin.'. = Sinal

Sin.'.de Ord.'. = Sinal de Ordem

Saud.'. = Saudação

Sin.'.Gut.'. = Sinal Gutural

Sin.'.Cord.'. = Sinal Cordial

Sin.'. Ventr.'. = Sinal Ventral

Sin.'. Pen.'.= Sinal Penal

Sob.'. = Soberano

Sob.'.Gr.'.Com.'.= Soberano Grande Comendador

Subl.'.Ord.'. = Sublime Ordem

T.'.de Del.'. ou T.'.de D.'.= Tábua de Delinear

Telh.'. = Telhar

Telhad.'. = Telhador

T.'.de J.'. = Templo de Jerusalém

Tr.'. = Tronco

Traç.'. = Traçado

Tr.'.de Benef.'. = Tronco de Beneficência

Tr.'.GGr.'.LL.'.EEmblem.'.= Três Grandes Luzes Emblemáticas

Tr.'.Fr.'.Abr.'. = Tríplice Fraternal Abraço

Triang.'. = Triângulo

Tr.'.de Sol.'. = Tronco de Solidariedade

Trolh.'. = Trolhar

Un.'. = Universo

V.'.M.'. = Venerável Mestre

Vig.'. = Vigilante

Além dessas palavras, rigorosamente de acordo com a regra número um, para abreviaturas, existem certas locuções que, embora em desacordo com a referida regra, foram consagradas pelo uso, tais como:

G.'.A.'.D.'.U.'. = Grande Arquiteto do Universo; o correto Seria Gr.'.A.'.do U.'., ou Gr.'.Arq.'.do Un.'.. Antigos impressos maçônicos registram Gr.'.Arch.'.do Un.'. (na ortografia antiga, e de maneira absolutamente correta; mais modernamente é que surgiu a forma incorreta).

À.'.G.'.D.'.G.'.A.'.D.'.U.'. = À Glória do Grande Arquiteto do Universo; a abreviatura é duplamente incorreta: primeiramente, porque coloca os três pontos depois da “`a”, onde não houve corte de palavra; e segundo, porque a abreviatura correta de Glória é Gl.'.(assim como de Grande é Gr.'.). Desta maneira, o correto seria: À Gl.'.do Gr.'.A.'.do U.'., ou À Gl.'.do Gr.'.Arq.'.do Un.'..

T.'.e F.'.A.'. = Tríplice e Fraternal Abraço; a abreviatura é incorreta, pois o certo seria Tr.'.e Fr.'.Abr.'. (abreviatura A.'. é mais utilizada para Altar).

A.'.R.'.L.'.S.'. = Augusta e Respeitável Loja Simbólica; a abreviatura é duplamente incorreta, porque elimina o “e” e porque faz o corte da palavra “Augusta” entre duas vogais. Assim, o correto seria Aug.'. e R.'. L.'.S.'., ou Aug.'.e Resp.'.Loj.'.Simb.'. (esta última é mais certa, já que o “S” é mais reservado para “Sul” e “L” para “Luz”).

Outras locuções, além de algumas já citadas na relação inicial, totalmente corretas são:

S.'.F.'.U.'.= Saúde, Força, União.

A.'.V.'.L.'.= Ano da Verdadeira Luz (embora o certíssimo fosse A.'.da V.'.L.'.).

A.'.L.'.= Anno Lucis. (Ano da Luz)

E.'.V.'.= Era Vulgar.

T.'.S.'.= Taça Sagrada.

A.'.R.'.= Arte Real.

R.'.E.'.A.'.A.'.= Rito Escocês Antigo e Aceito (embora o certíssimo fosse R.'.E.'.A.'.e A.'.).

L.'.de S.'.J.'.= Loja de São João (alguns grafam L.'.S.'.J.'., forma não corretíssima, pela falta do “de”).

L.'.J.'.P.'.R.'.= Loja Justa, Perfeita e Regular (o correto seria L.'.J.'.P.'.e R.'.).

Q.'. de O.'.= Quadro de Obreiros.

T.'.J.'. e P.'.= Tudo Justo e Perfeito.

De N.'.a S.'., do Or.'.ao Oc, do Z.'.ao N.'.= De Norte a Sul, do Oriente ao Ocidente, do Zênite ao Nadir.

MM.'.IIr.'.C.'.T.'.M.'.R.'.= Meus Irmãos como tal me reconhecem.

C.'.do M.'.= Câmara do Meio.

L.'.I.'.Fr.'.= Liberdade, Igualdade, Fraternidade (a forma L.'.I.'.F.'.é errada).

T.'.do R.'.S.'.= Templo do Rei Salomão.

S.'.F.'.B.'.= Sabedoria, Força, Beleza.

S.'.S.'.S.'.= Salus, Sapientia, Stabilitas (locução latina, que significa Saúde, Sabedoria e Firmeza, ou Estabilidade). Não é como muitos pensam, dizem e praticam, “Saúde, Saúde, Saúde”.

Ir.'. José Carlos Lopes - M.'. I.'. - Or.'. de Curitiba-PR

Bibliografia:

Dicionário de Termos Maçônicos - José Castellani


Dia 19/07/11, o Tribunal chinês sentenciou a execução de dois prefeitos que estavam envolvidos em desvio de verba pública.

Os caras literalmente foram condenados à morte, se fosse assim no Brasil, todos os políticos seriam extintos.


"Pai Nosso dos Cavaleiros Templários: SENHOR, perdoa-me se não rezo a oração que teu filho nos ensinou, pois julgo-me indigno de tão bela mensagem. Refleti sobre esta oração e cheguei às seguintes conclusões: Para dizer o “PAI NOSSO”,antes devo considerar todos os homens, independentemente de sua cor, raça, religião, posição social ou política, como meus irmãos, pois eles também são teus filhos; devo amar e proteger a natureza e os animais, pois se tu és meu pai, também és meu criador, e quem criou a mim, também criou a natureza. Para dizer “QUE ESTAIS NO CÉU”, devo antes fazer uma profunda análise em minha consciência, procurando lembrar-me de quantas vezes te julguei como um celestial pai, pois, na realidade, sempre vivi me preocupando com coisas materiais. Para dizer “SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME”, devo antes verificar se não cometi sacrilégios ao adorar outros deuses até acima de ti. Para dizer “VENHA A NÓS O VOSSO REINO”, devo antes examinar minha consciência e procurar saber se não digo isto apenas por egoísmo, querendo de ti tudo, sem nada dar em troca. Para dizer “SEJA FEITA A VOSSA VONTADE”, devo antes buscar meu verdadeiro Ser e deixar de ser um falso Cristão, pois a tua vontade é a união fraternal de todos os seres que criastes. Para dizer “ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU”, devo antes deixar de ser mundano e me livrar dos desenfreados prazeres, das orgias, do orgulho e do egoísmo. Para dizer “O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE”, devo antes repartir o pão que me destes com os meus irmãos mais carentes e necessitados, pois é dando que se recebe; é amando que se é amado. Para dizer “PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO TEMOS PERDOADO A QUEM NOS TEM OFENDIDO”, devo antes verificar se alguma vez tornei a estender minha mão àquele que me traiu; se alimentei àquele que me tirou o pão; se dei esperanças e acalentei àquele que me fez chorar; pois só assim terei perdoado àquele que me ofendeu. Para dizer “E NÃO NOS DEIXAI CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DO MAL”, devo antes deixar limpo o foco de meus pensamentos; amparar a mão estendida; socorrer o pedido de aflição; alimentar a boca faminta; iluminar os cegos e amparar os aleijados, ajudando a construção de um mundo melhor. E finalmente, para dizer “AMÉM”, deverei fazer tudo isso agradecendo ao meu Criador, cada segundo de minha vida, como a maior dádiva que poderia receber. No entanto Senhor, embora procure assim proceder, ainda não me julgo suficientemente forte, no intuito de tudo isto te prometer e cumprir. Perdoa-me, Senhor meu Pai, porém minha perfeição a tanto ainda não chegou."

quinta-feira, 24 de novembro de 2011



Caros Irmãos,
Paz e bem!

"Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje".
(Franklin Delano Roosevelt)

Vivemos momentos conturbados... estressantes... palco de fatos dos mais variados matizes, cujos acontecimentos estão revelando o potencial de desordem e inversão de valores sob o impulso da competição e interesses econômicos das grande potências e corporações.
Somados à apatia, indiferença e desmotivação daqueles que se rendem a esta onda avassaladora que invade nossas mentes, espíritos e contamina nossas relações, lares e comunidade.




Devemos estar vigilantes!



O verdadeiro Iniciado tem que "morrer" todos os dias e "renascer" como fênix, desafio de todos nós!
Não devemos nos afastar do "fogo ardente" da Fraternidade que nos UNE como verdadeiros Irmãos.














A LOJA MAÇÔNICA somos NÓS!



Faça brilhar mais intensamente esta LUZ DE AMOR E JUSTIÇA que arde em nossos corações. Vamos participar ativamente e nos entregar verdadeiramente à Obra Maior: Edificar Templos à Virtude e Cavar Masmorras ao Vício!

Não deixe de participar dos trabalhos de sua Oficina! Que o GADU nos ilumine, proteja e inspire.

--
Atenciosamente,
FELIZ NATAL E UM PROSPERO ANO NOVO.

MARANHÃO,

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Corda de oitenta e um Nós

“A corda de oitenta e um nós”
Fabricio J. Machado

À Glória do Grande Arquiteto do Universo

A CORDA DE OITENTA E UM NÓS
Iniciaremos nossa pesquisa neste dia, exortando que a
Maçonaria é uma Instituição filosófica, filantrópica dotada de um esoterismo
místico e uma natural simbologia que nos conduzem a uma reflexão
profunda através de simples utensílios profanos. Dessa feita atribuir um
significado próprio aos símbolos é de sublime importância para os
aprendizes, pois é neles que nos apoiamos e com eles que trabalhamos.
A humanidade em geral aprendeu e evoluiu consoante a
utilização de símbolos, hoje são utilizados certamente em todas as áreas do
conhecimento, e até mesmo na dicção de uma simples palavra, que por
uma convenção arbitrária atribuímos às letras, palavras e idiomas sons
distintos; sujeitos a uma determinada interpretação. Na vida maçônica esta
regra ocupa um lugar de destaque, senão vejamos, assim que adentramos
ao Templo nossos olhos são guiados espontaneamente a todos os símbolos
presentes e dispostos harmoniosamente, assim, de modo a obter um
profícuo esclarecimento, buscamos o início, o significado da própria palavra
símbolo.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – “Símbolo. [Do gr.
Symbolon, pelo lat. Symbolu] S. m 1. Aquilo que por um princípio de
analogia representa ou substitui outra coisa; 2 Aquilo que por sua
forma e natureza evoca, representa e substitui, num determinado
contexto, algo abstrato ou ausente; 3 Aquilo que tem valor evocativo,
mágico ou místico; 4 Objeto material que, por convenção arbitrária,
representa ou designa uma realidade complexa...”

Assim a “corda de oitenta e um nós” é um símbolo
presente nos Templos maçônicos, e é encontrada no alto das paredes, junto
ao teto e acima das colunas Zodiacais, conforme estatuído no
R\E\A\A\. A corda será preferencialmente de sisal, sua disposição
inicia-se com a colocação e a observação do “nó” central dessa corda que
deve estar acima do Trono de Salomão (cadeira do V\M\) e acima do
dossel, se ele for baixo; ou abaixo dele e acima do Delta, se o dossel for
alto, sua significação representa o número UM, unidade, indivisibilidade,
sagrando-se por representar ainda o Criador, princípio e fundamento do
Universo. Dessa forma a corda conta ainda com quarenta “nós”,
eqüidistantes, de cada lado que se estendem pelo Norte e pelo Sul; os
extremos da corda terminam, em ambos os lados da porta ocidental de
entrada, em duas borlas, representando a Justiça (ou Eqüidade) e a
Prudência (ou Moderação), muito embora existam Templos na França que
apresentam cordas com doze “nós” representando os signos do Zodíaco.
Embora alguns exegetas afirmem que a abertura da corda,
em torno da porta de entrada do templo, com a formação das borlas,
simboliza o fato de estar, a Maçonaria, sempre aberta para acolher novos
membros, novos candidatos que desejem receber a Luz Maçônica, porém a
interpretação, segundo a maioria dos pesquisadores, é que essa abertura
significa que a Ordem Maçônica é dinâmica e progressista, estando,
portanto, sempre aberta às novas idéias, que possam contribuir para a
evolução do Homem e para o progresso racional da humanidade, já que
não pode ser Maçom aquele que rejeita as idéias novas, em benefício de
um conservadorismo rançoso, muitas vezes dogmático e, por isso mesmo,
altamente deletério.
Na busca do significado esperado, remontemos no
tempo... na Grécia antiga os cabelos longos das mulheres eram usados
para fazerem as cordas necessárias para a utilização na defesa das
cidades. Já os agrimensores egípcios usavam a cordas com “nós” para
declinarem os terrenos a serem edificados, sendo que os “nós”
demarcavam os pontos específicos das construções, onde deveriam ser
necessárias aplicações de travas, colunas, encaixes, representando,
portanto, os pontos de sustentação. Também fora utilizada, na Idade Média,
como instrumento para medir e demonstrar dimensões e proporções da
cúpula que se desejava construir através da sombra sabiamente provocada
por uma luz. Incontestavelmente ela é um elemento que pode ser composto
pelos mais diferentes materiais e que tem a finalidade de prender, separar,
demarcar ou em nosso caso “unir”. Sua origem mais remota parece estar
nos antigos canteiros trabalhadores em cantaria, ou seja, no
esquadrejamento da pedra informe medieval, que cercava o seu local de
trabalho com estacas, às quais eram presos anéis de ferro, que, por sua
vez, ligavam-se, uns aos outros, através de elos, havendo uma abertura
apenas na entrada do local.
Uma das possíveis origens da “corda de 81 nós”, ocorre
quando em 23 de agosto de 1773, por ocasião da palavra semestral em
cadeia da união na casa "Folie-Titon" em Paris, tomava posse Louis Phillipe
de Orleans, como Grão-Mestre da Ordem Maçônica, na França, onde
estavam presentes 81 irmãos em união fraterna, e a decoração da abóbada
celeste apresentava 81 estrelas.
Contudo encontramos ainda, na Sociedade dos
Construtores (Maçonaria Operativa), que foi o embrião na Maçonaria como
conhecemos hoje, a herança da “corda” que era desenhada no chão com
giz ou carvão, fazendo parte alegoricamente parte de um Painel
representativo dos instrumentos utilizados pelos Pedreiros Livres. Agora nas
reuniões maçônicas, seguindo o ritual, é pedido ao Irmão Guarda do
Templo que verifique se o Templo está "coberto" em sua parte externa, das
indiscrições profanas, somente iniciando os trabalhos após sua
confirmação. Seguindo a isto a protetora Corda Maçônica saiu do chão e
elevou-se aos tetos dos Templos, significando a elevação espiritual dos
Irmãos, que deixaram de trabalhar no chão com o cimento e passaram a
trabalhar no plano superior com o cimento místico que é a argamassa da
Espiritualidade. Esta corda é que oferece-nos proteção através da
irradiação de energias pela "Emanação Fluídica" que abriga e sustenta a
"Egrégora" (corpo místico) formada durante os trabalhos em Templo através
da concentração mental dos Irmãos, evitando que ondas de energia
negativa desçam sobre os presentes na reunião. As borlas separadas na
entrada do Templo funcionam como captores da energia pesada dos Irmãos
que entram, devolvendo-lhes esta energia sob forma leve e sutil quando de
sua saída.
A estrutura dos “nós” (melhor denominados “laços”)
representa o símbolo do infinito –¥– e a da perpetuação da espécie,
simbolizando na penetração macho/fêmea, determinando que a obra da
renovação é duradoura e infinita. Este é um dos motivos pelos quais os
laços são chamados "Laços de Amor", por demonstrar a dinâmica Universal
do Amor na continuidade da vida. Os átomos detêm toda a sabedoria do
Mundo, porque ele gera e cria novas propostas para a evolução humana. A
Corda de 81 laços representa a laçada como um "8" deitado, lembrando ao
Maçom que é preciso tomar muito cuidado para não puxá-la transformandoa
em nó o que significaria a interrupção e o estrangulamento da fraternidade
que deve existir entre os Irmãos. Os 81 laços são apresentados nos
Templos Escoceses do Brasil e Paraguai, cuja Maçonaria foi originada da
nossa
Depois de analisada a natureza dos símbolos, a disposição
simbólica da “corda de oitenta e um laços” no Templo, assim como sua
origem nesta sublime Instituição passemos a uma retida análise consoante
ao número 81, representado através dos laços eqüidistantes, senão
vejamos: Esotericamente, a “corda de oitenta e um laços” simboliza a união
fraternal e espiritual, que deve existir, entre todos os Maçons do mundo;
representa, também, a comunhão de idéias e objetivos da Maçonaria, que
evidentemente, devem ser os mesmos, em qualquer parte do planeta.
“Para que um símbolo se torne de fato um símbolo são
necessárias várias interpretações, justificativas e significados” já lecionavam
carinhosamente os “velhinhos” da A\R\L\S\“Barão de Ramalho”, e é
dessa maneira que a máxima se justifica, vez que mais uma vez
encontramos várias teorias acerca do tema proposto.
Nesse contexto, inicialmente abstrairemos o laço central
que é a representação G\A\D\U\ entre seu passado e o seu futuro,
representa o número um, a unidade indivisível, o símbolo de Deus, princípio
e fundamento do Universo; o número um, desta maneira, é considerado um
número sagrado. Destarte passemos às laterais com 40 laços, e lembramos
que este número marca a realização de um ciclo que leva a mudanças
radicais. A Quaresma dura 40 dias. Ainda hoje temos o hábito medicinal de
colocar pessoas ou locais sob "quarentena" como se nela estivesse a
purificação dos males antes existentes. Jesus levou 40 dias em jejum e
tentações. Os Hebreus vagaram 40 anos no deserto. Quarenta foram os
dias que durou o dilúvio (Gênese, 7-4). Quarenta dias passou Moisés no
monte Horeb, no Sinai (Êxodo, 34-28). Os 40 laços representam os 40 dias
que Jesus usou para preparar-se para a morte terrestre e os 40 dias que
ficou entre nós após a ressurreição, preparando-se para a Eternidade.
Ato contínuo analisemos as justificativas simbólicas no
próprio número 81 que segue os princípios místicos da Cabala, senão
vejamos: o número 81 é o quadrado de 9, que, por sua vez, é o quadrado
de 3, número Perfeito, bastante estudado em Escolas Esotéricas e de alto
valor místico, para todas as antigas civilizações; Três eram os filhos de Noé;
Três os varões que apareceram a Abraão; Três os dias de jejum dos judeus
desterrados; Três as negações de Pedro; Três as virtudes teolegais (Fé;
Esperança e Amor). Além disso, as tríades divinas sempre existiram, em
todas as religiões: Shamash, Sin e Ichtar, dos Sumérios - Osiris, Isis, Horus,
dos Egípcios - Brahma, Vishnu e Siva, dos Hindus - Yang, Ying e Tao, do
Taoismo - Pai; Filho e Espírito Santo, da Trindade Cristã. Também não
poderíamos deixar de citar a tríplice argamassa das oficinas Liberdade,
Igualdade e Fraternidade.
E ainda, os comportamentos humanos tem valores
numéricos, de acordo com as letras de seus nomes. As letras são divididas
em três grupos de 9 letras, cada letra com 3 chaves, a saber: o valor
numérico que lhe é próprio; o som que lhe é próprio; e a figura que a
caracteriza. Como temos nove variações comportamentais segundo a
Psicologia, teremos 81 variações de comportamento. Podemos, então dizer
em estudo livre, que esta corda mostra também os 81 comportamentos que
uma pessoa pode ter em uma existência, sendo então a representação do
indivíduo e suas mudanças humorais.
No ritual do Grau 20 do Supremo Conselho do Grau 33 do
Paraná encontramos uma explicação para os 81 laços; na página 35, ao
perguntar-se o porquê dos 81 laços, responde-se que Hiram Abiff tinha 81
anos quando foi assassinado. Também encontramos no Artigo II da
Constituição dos Princípios do Real Segredo para os Orientes de Paris e
Berlim, edição de 1762; para se chegar ao Grau 25, naquela época, eram
necessários 81 meses de atividades maçônicas. A Cosmogonia dos
Druídas, resumidas nas Tríades dos Bardos antigos, eram em número de
81 (as Tríades) e os três círculos fundamentais de que trata esta doutrina,
tem como valor numérico o 9, o 27 e o 81, todos múltiplos de 3. Ragon, em
seu livro "A Maçonaria Hermética", no rodapé da página 37, diz em uma
nota, que segundo o Escocês Trinitário, o 81 é o número misterioso de
adoração dos anjos. Assim, segundo Oswaldo Ortega, da Loja Guartimozim
de São Paulo, à luz do Esoterismo, ele cita que os 81 laços que estão no
teto, portanto, próximos do céu, tem ligação com os 81 anjos que visitam
diariamente a Terra, com mostram as Clavículas de Salomão, e se baseiam
nos 72 pontos existenciais (os 72 nomes de Deus), da Cabala Hebraica
modificada. A cada 20 minutos, um anjo desce à Terra e dá sua mensagem
aos homens. São 72 visitas no curso do dia, se levarmos em conta que a
cada hora teremos 3 anjos, em 24 horas, teremos 72 anjos. Agora,
somando 72 anjos aos nove planetas que nos influenciam diariamente
chegamos ao número 81. Sabemos que estes anjos podem nos ajudar se
os chamarmos pelos nomes no espaço de tempo que nos visitam. E eles
estão representados no teto do Templo, através dos 81 laços.
Pontofinalizando encontramos ainda outra denominação à
“corda”, ou seja, “Borda Dentada”, traduzida pela corda de nós (laços de
amor) que rodeia o “Quadro de Aprendiz” (3 ou 7 laços), assim como o
“Quadro de Companheiro” (5 ou 9 laços) terminada com uma borla em cada
extremidade e que per si mereceria um estudo próprio. Não obstante ao
explicitado, a lição primordial que nos resta é que a corda é a imagem da
união fraterna que liga, por uma cadeia indissolúvel, todos os Maçons,
simbolizando o segredo que deve rodear nossos augustos mistérios, assim
como representa a Cadeia de União permanente pela busca da proclamada
Fraternidade, tão bem explicitada no Salmo 133.

Fabricio J. Machado

O ÁGAPE


O ÁGAPE


Confraternização obrigatória após as Sessões

No “Emulation Working”, mais conhecido entre nós como “Rito de York”, cada encontro é seguido por um Banquete obrigatório ou repasto fraternal

Tem sido um discurso corrente, que algumas Lojas Maçônicas estão passando por momentos de desânimo, com quadros se afastando, rareando as novas iniciações e com baixa participação de IIrr\nos Trabalhos realizados . A crise econômica, aumentando o risco de desemprego e de falência, tem exigido que os Irmãos se dediquem cada vez mais aos trabalhos profanos, o que talvez justifique em parte esta situação. Entretanto, devemos ter o senso crítico para diagnosticar se temos descuidado também do congraçamento entre Irmãos, que constrói relacionamentos e evita o aparecimento da discórdia. Precisamos dar mais atenção a esta parte de nosso ritual , realizando o ágape após a sessão obrigatoriamente e não deixando de realizar os banquetes da Ordem e de Iniciação.
Por mais antigo que seja o período da história pesquisado, verificamos que o ato de tomar as refeições sempre foi uma atividade social, no sentido de ser realizada coletivamente. Nos sítios arqueológicos mais antigos sempre são encontrados sinais de restos de fogueiras e alimentos (conchas e ossos) em quantidade suficiente para demonstrar esta ação do grupo.
Os sambaquis encontrados em vários lugares do Brasil são exemplos disto. Aliás, antes mesmo do domínio do fogo, sabe-se que a atividade extrativista era coletiva. Até mesmo, observando os nossos primos mais distantes, os gorilas e chimpanzés, notamos que também eles fazem suas refeições coletivas, sendo, segundo alguns estudiosos, fator de agregação do grupo. Em recente documentário no Canal Discovery, apareceu concretamente a situação em que um novo membro é aceito na comunidade de Gorilas a partir do momento em que é permitido, pelos demais, participar das atividades de alimentação.
Ao longo da história da humanidade as refeições coletivas sempre apareceram de diferentes formas e com diferentes nomes. Assim vamos encontrar os jantares, banquetes, piqueniques, saraus, festas, convescotes, ágapes. Nos momentos mais importantes da história tanto do ponto de vista político, como econômico e social, grandes e importantes decisões foram tomadas antes, durante ou depois de refeições.
Qualquer que seja o livro, o filme ou documentário e até mesmo em notícias de jornais, verificamos a procedência desta afirmação. A refeição conjunta ajuda a quebrar os espíritos e a selar compromissos. Alguém se lembra de algum encontro entre estadistas em que não apareça um almoço ou jantar na reportagem? Uma outra curiosidade, algum dos senhores parou para contar quantas cenas de refeições aparecem no filme “O Poderoso Chefão”? Para manter a coesão de uma “famiglia” se deve, realmente, precisar de muitas e muitas refeições coletivas.
Fazendo um giro de 180º lembremos o primeiro milagre de Cristo, aquele que o iniciou na sua vida pública: foi o milagre do Vinho, nas bodas de Canaã. Logo em seguida aparece a multiplicação dos peixes e pães. Mais do que o milagre, eu quero reforçar a existência da refeição coletiva após a pregação do sermão da montanha. Por fim, suas últimas instruções aos apóstolos, só poderiam ter tomado lugar na “Última Ceia”.
Os maçons operativos costumavam realizar suas refeições nos próprios canteiros de obras, nos intervalos e após os trabalhos. Costume este que percebemos em qualquer construção aqui em nossas cidades. Esta, entretanto, não era uma característica apenas dos pedreiros. Em todas as profissões, do tropeiro ao pastor, do madeireiro ao construtor, dos monges aos soldados as refeições coletivas existiam e existem e contribuem para agregar a coletividade.
Mas voltemos à maçonaria. Comer e beber juntos sempre foi importante para a maçonaria. Em todas as Lojas de todos os países, as decorações dos pratos, copos e outros utensílios utilizados nas refeições com símbolos maçônicos e brasões de Lojas demonstram a importância deste convívio para os Maçons. Chama a atenção a palavra convívio, que no sentido etimológico tem o mesmo significado de banquete, esta última, palavra de origem francesa, devido a utilização de pequenos bancos — banquets, banquetas — nas refeições..
Bem, comecemos a alinhavar os pensamentos. Convívio vem de viver juntos, com fraternidade. Significa, também, a refeição realizada em ambiente fraternal. Por outro lado “banquete”, na sua origem, não possuía o significado pomposo que tem nos nossos dias. Poderíamos, então, até usar a expressão de “convívio ritualístico” para designar as refeições ritualísticas. O “Banquete Ritualístico” é uma das mais antigas e sólidas tradições maçônicas. A Constituição de Anderson contém inúmeras referências e descrições sobre estas refeições. Como muito das obrigações consuetudinárias vem desse documento, vamos transcrever uma das passagens, a que está na página 54 do documento original. Não é nenhuma das que tratam dos importantes banquetes anuais para a escolha do grão-mestre, mas uma passagem singela cujo objetivo é ensinar bom comportamento aos Irmãos, e onde a refeição aparece como algo normal e cotidiano nas reuniões maçônicas:
“Conduta depois que a Loja terminou e antes que os Irmãos saiam.”
“Podeis diverti-vos com brincadeiras inocentes, tratando-vos uns aos outros segundo vossa maneira, mas evitando todo excesso, não forçando um Irmão a comer ou beber além da sua inclinação, e não o impedindo de sair quando seus negócios o chamarem, nem fazendo ou dizendo algo de ofensivo, ou que possa impedir uma conversação fácil e livre; pois isso destruirá nossa harmonia, e fará malograr nossas louváveis finalidades.”[1]
Como podemos ver, após a sessão vem sempre uma refeição, que precede aos Irmãos abandonarem o local de reunião. Não é por acaso que as quatro primeiras Lojas que formaram a Grande Loja da Inglaterra operavam nas Tabernas “The Goose and the Gridiron”( O Ganso e a grelha), “The apple tree”( A Macieira), “The Crown”( A Coroa) e “The Rummer and Grapes”( O Copo e as Uvas).
No “Emulation Working”, mais conhecido entre nós como “Rito de York”, cada encontro é seguido por um Banquete obrigatório ou repasto fraternal. Já no R\E\A\A\ existe o ritual para os Banquetes Ritualísticos da Ordem, que é inspirado nas tradições das Lojas militares pré - revolucionárias da França. Nesta tradição tudo que está à mesa é comparado com assuntos e utensílios relacionados à artilharia. Assim, água é pólvora fraca, vinho é pólvora forte, copos são canhões e sal é areia.
Ágape
1. Refeição que os primitivos cristãos tomavam em comum.
2. P. ext. Banquete, almoço ou outra refeição de confraternização por motivos políticos, sociais, comerciais, etc.
3. Ét. V. caridade (1).
Ágapa
1. Var. de ágape [q. v.]: "nas ágapas dos cristãos primitivos cantavam-se os salmos ao som do órgão!!!" (Alexandre Herculano , Lendas e Narrativas, II, p. 207).
2. Procurando a palavra caridade tem-se:
Caridade
[Do lat. caritate.]
1. Ét. No vocabulário cristão, o amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem e procura identificar-se com o amor de Deus; ágape, amor - caridade.
No Dicionário Ilustrado de Maçonaria a definição para ágape é: “Banquete de Confraternização” que os primeiros cristãos adotaram para comemorar a última ceia de Jesus Cristo com seus discípulos. Em certa época tal refeição era realizada diariamente e à noite. No ano de 397, a Igreja aboliu as ágapes sob a alegação de que os mesmos haviam se transformado em verdadeiros festins que fugiam aos princípios religiosos”.
Já na excelente coleção de Nicola Aslan, “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” encontramos: Ágape – Do grego agapê, amor. Nome que na Igreja primitiva era dado à refeição que os cristãos faziam em comum, em comemoração da ceia de Jesus Cristo com seus discípulos e na qual se davam mutuamente, o ósculo da Paz e da Fraternidade. No início, em Jerusalém, as ágapes se realizavam todas as noites, mas posteriormente, foram reservados para os domingos. A eles assistiam homens de todas as classes e cada um contribuía de acordo com seus meios, pagando os ricos a parte dos pobres. Paulo assinala e condena os abusos que cedo se introduziram nos ágapes, tendo sido os festins noturnos apaixonadamente atacados pelos pagãos, que os apresentavam como servindo de pretexto a infames libertinagens. O concílio de Cártago, em 397, aboliu tais banquetes em comum”. Continua Aslan: “Em maçonaria, este nome é muitas vezes utilizado para indicar o banquete ou refeição ritualística que , obrigatoriamente, se segue aos trabalhos da Loja. Simboliza a recreação em comum, merecida depois do trabalho, e é presidida pelo Venerável. No Brasil, o banquete é obrigatório apenas nas festas da Ordem, e particularmente depois de uma iniciação”.
A palavra ágape, em português, é admitida em ambos os gêneros, masculino e feminino. Em grego significa de ternura. “A palavra ternura contém noções de afeição, amor e devoção. O equivalente Latino de ágape é caridade. Dar o significado de “amor” para ágape, pode levar `uma subjetividade de conteúdo. A oposição, em Grego, de ágape é Eros, que é o amor possessivo, enquanto ágape é o amor gentil, da bondade, da fraternidade. O sentido de Eros é próprio para o inflamado amor dos amantes. Com o transcorrer do tempo, o seu significado envolveu até paixão sexual se tornou uma metáfora do significado místico e do fervor espiritual. (...) Já Ágape é adequada para o amor fraterno, de irmãos, para um amor pacífico e ao próximo. Ágape é então dividir a alimento, do corpo, do coração e do espírito. E precisa ser realizado com prazer se é para ser compensador” [3].
Finalmente, vale lembrar que historicamente o Grau de Mestre surgiu bem depois dos dois graus básicos originados da Maçonaria Operativa, que são o de Aprendiz e Companheiro. Este último, Companheiro, corresponde ao termo Inglês Fellow-Craft, da antiga maçonaria operativa escocesa. No trabalho do Irmão L. Cousseau, publicado na revista Le Chaine d’Union, de julho de 1961, sob o título “O Maravilhoso Ensino Maçônico”, ao analisar o grau de Companheiro, ele define: “Insiste sobre a primazia do amor altruísta” e o associa à forma de como o Companheiro se coloca à Ordem. A origem de seu nome, do Latim, vem de Compane, que como a palavra sugere em seu sentido etimológico, são aqueles que dividem o pão. Os que sabem dividir o pão, lembrando o que foi dito no parágrafo anterior, sabem que o prazer e a felicidade são objetivos legítimos.
Tem sido um discurso corrente, que algumas Lojas Maçônicas estão passando por momentos de desânimo, com quadros se afastando, rareando as novas iniciações e com baixa participação de IIrr\nos Trabalhos realizados . A crise econômica, aumentando o risco de desemprego e de falência, tem exigido que os Irmãos se dediquem cada vez mais aos trabalhos profanos, o que talvez justifique em parte esta situação. Entretanto, devemos ter o senso crítico para diagnosticar se temos descuidado também do congraçamento entre Irmãos, que constrói relacionamentos e evita o aparecimento da discórdia. Precisamos dar mais atenção a esta parte de nosso ritual consuetudinário, realizando o ágape após a sessão obrigatoriamente e não deixando de realizar os banquetes ritualísticos da Ordem e de Iniciação.
Extraído da Bibliografia
José Castellani — Origens Históricas e Místicas do Templo Maçônico
Joaquim da Silva Pires — Rituais Maçônicos Brasileiros
Daniel Béresniak — Symbols of Freemasonry
Nicola Aslan - Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia
Sebastião Dodel dos Santos — Dicionário Ilustrado de Maçonaria
James Anderson — Constituições dos Franco — Maçons ou Constituições de Anderson de 1723
[1] Constituições de Anderson
[2] Sebastião Dodel dos Santos
[3] Symbols of Freemasonry – Daniel Béresniak

VERSOS DE OURO DE PITÁGORAS


PREPARAÇÃO
Aos Deuses imortais o culto consagrado
Rende; e tua fé conserva. Prestigia
Dos sublimes Heróis a imárcida lembrança
E a memória eteral dos supernos Espíritos.

PURIFICAÇÃO
Bom filho, reto irmão, terno esposo e bom pai
Sê; e para amigo o amigo da virtude
Escolhe, e cede sempre a seus dóceis conselhos;
Segue de sua vida os trâmites serenos;
Sê sincero e bondoso, e não o deixes nunca,
Se possível te for; pois uma lei severa
Agrilhoa o Poder junto à Necessidade.
Está em tuas mãos combater e vencer
Tuas loucas paixões; aprende a dominá-las.
Sê sóbrio, ativo e casto; as cóleras evita.
Em público, ou só, não te permitas nunca
O mal; e mais que tudo a ti mesmo respeita-te.
Pensa antes de falar, pensa antes de agir;
Sê justo. Rememora: um poder invencível
Ordena de morrer; e os bens e as honrarias,
Fáceis de adquirir, são fáceis de perder.
Quanto aos males fatais que o Destino acarreta,
Julga-os pelo que são: suporta-os, procura,
Quão possível te seja, o rigor abrandar-lhes.
Os Deuses, aos mais cruéis, não entregam os sábios.
Como a Verdade, o Erro adoradores conta.
O filósofo aprova, ou adverte com calma.
E, se o Erro triunfa, ele se afasta, e espera.
Ouve, e no coração grava as minhas palavras;
Fecha os olhos e o ouvido a toda prevenção;
Teme o exemplo de um outro, e pensa por ti mesmo:
Consulta, delibera e escolhe livremente.
Deixa aos loucos o agir sem um fim e sem causa;
Tu deves contemplar no presente o futuro.
Não pretendas fazer aquilo que não saibas.
Aprende: tudo cede à constância e ao tempo.
Cuida em tua saúde: e ministra com método,
Alimentos ao corpo e repouso ao espírito.
Pouco ou muito cuidar evita sempre; o zelo
Igualmente se prende a um e a outro excesso.
Têm o luxo e a avareza efeitos semelhantes.
Deves buscar em tudo o meio justo e bom.

PERFEIÇÃO

Que não se passe um dia, amigo, sem buscares
Saber: Que fiz eu hoje? E, hoje, que olvidei?
Se foi o mal, abstém-te; e, se o bem, persevera.
Meus conselhos medita; e os estima; e os pratica:
E te conduzirão às divinas virtudes.
Por esse que gravou em nossos corações
A Tétrade sagrada, imenso e puro símbolo,
Fonte da Natureza, e modelo dos Deuses,
Juro. Antes, porém, que a tua alma, fiel
A seu dever, invoque, e com fervor, os Deuses,
Cujo socorro imenso, valioso e forte
Te fará concluir as obras começadas,
Segue-lhes o ensino, e não te iludirás:
Dos seres sondarás a mais estranha essência;
Conhecerás de Tudo o princípio e o termo.
E, se o Céu permitir, saberás que a Natura,
Em tudo semelhante, é a mesma em toda parte.
Conhecedor assim de todos teus direitos.
Terás o coração livre de vãos desejos,
E saberás que o mal que aos homens cilicia,
De seu querer é fruto; e que esses infelizes
Procuram longe os bens cuja fonte em si trazem.
Seres que saibam ser ditosos, são mui raros.
Joguetes das paixões, oscilando nas vagas,
Rolam, cegos, num mar sem bordas e sem termo,
Sem poder resistir nem ceder à tormenta.
Salvai-os, grande Zeus, abrindo-lhes os olhos!
Mas, não: aos Homens cabe, - eles, raça divina-,
O Erro discernir, e saber a Verdade.
A Natureza os serve. E tu que a penetraste,
Homem sábio e ditoso, a paz seja contigo!
Observa minhas leis, abstém-te das coisas
Que tua alma receie, em distinguindo-as bem;
Sobre teu corpo reine e brilhe a Inteligência,
Para que, te ascendendo ao Eiter fulgurante,
Mesmo entre os Imortais, consigas ser um Deus!

Tradução de Dario Vellozo,

KABBALAH e MAÇONARIA

Abel - Caim - Seti --- REAA

Para pensar: no dia da Páscoa (no Hemisfério Norte - Renascimento): O "AFLORAMENTO" da Parte Divina que nos contém (a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL ), tal qual o Deus Egípcio Horus decolando em direção ao SOL, ou do Deus Persa Mithra Sacrificando o [Signo de] Touro [Sabedoria Profana], ou do Cristo que "Abre" seu Coração destacando-o da Cruz: o Pentagrama. Vamos juntar alegoria com comportamento e refletir.
Afinal, Livre Pensar é só Pensar, e Quem Pensa: EXISTE!
Niguém deve aceitar, ou acreditar (sem um profundo questionamento e pesquisa), em tudo o que lhe é dito ou revelado.
Vimos que Moisés (Persona) depois de vagar perdido pelo Deserto [Oc.'.] como M.'. Cer.'. - ao receber já como 2º Vig.'. (Persona) as Duas Tábuas com Cinco Mandamentos cada, e leva-la ao conhecimento de Seu Povo, ficou estarrecido por encontrá-lo adorando o "Bezerro de Ouro" e profundamente irado, abandona-o, SACRIFICANDO O SEU COMPORTAMENTO DE ABEL (Persona) - numa cíclica mudança de gestão - E TORNA-SE CAIM: 1º Vig.'. (Persona), quando à partir de então, só deixa passar quem não for "Crente, Crédulo, Imbecil, Trouxa, Idiota, etc." e com Ele se identificar.
Mas mesmo assim, depois desta 'razia' étnica (Loj.'.), descobre que na próxima gestão, também terá SACRIFICADO O SEU COMPORTAMENTO DE CAIM (Persona) e tornar-se-a SETI (Persona): o Filho Justo e Correto, que torna-se o único a poder perpetuar-se pela Eternidade.
Assim, um V.'.M.'. que tenha opinião sobre qualquer assunto, antes de ouvir as Duas CCol.'. - Norte: CAIM e Sul: ABEL, jamais poderá se tornar a Col.'. Central: SETI e será um escabroso simulacro do TRONO! Pois ao lá ser 'Instalado', só poderá se valer da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL para poder JULGAR), e sempre terá de 'sacrificar' a "Criança" (Egrégora) reclamada pelas Duas Mães [CCol.'.], entregando cada metade dela, cortada pela Espada Flamígera, às CCol.'. - Norte: CAIM e Sul: ABEL, para ser ela, finalmente recomposta no MUNDO PROFANO!
Pois a REALIDADE ESTARÁ SEMPRE NO MEIO, NA Col.'. CENTRAL!
Pode-se entender agora, talvez COMPREENDER, do por quê as votações são complexas em Templo!

17 - A KABBALAH e as 4 LEIS DO UNIVERSO

QUATRO são as leis maiores que governam o UNIVERSO. Vejamos estas leis na 'Arvore da Vida':






1. Tudo é UM;






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2. A ação da TRINDADE DIVINA;







-------------------------------------





3. A LEI da SEQUÊNCIA ;






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4. Existência de 4 reinos entre

a COROA e o REINO






KABBALAH - Pequena síntese

De "SEPHER YETZIRAH – O Livro da Criação e a Geometria Sagrada dos Templos Maçônicos - Ed. Letras Contemporâneas (1999)" de autoria de ULF Hermann Mondl, sintetizamos alguns
ASPECTOS SOBRE A KABALLAH:
• Utilizou de códigos para preservar-se ao longo de milhares de anos;
• O principal dos códigos é a ÁRVORE DA VIDA (Sephirots), onde cada Sephira e o caminho entre elas contém codificados ensinamentos próprios (SIGIL);
• Outros códigos utilizados ao longo dos tempos para guardar os conhecimentos contidos na Kabbalah: Astrologia , Numerologia , Tarot , etc;
• A Kabbalah tornou-se numa tradição criada para a transmissão do Conhecimento, abrangendo o entendimento e relações do micro ao macrocosmo;
• Origem do nome: Historicamente, a Mishnah judia conta, como origem para a Qabalah, que Moisés recebeu a TORÁ (a lei) no Monte Sinai , de kíbel (QBL) e daí o nome da Cabala;
• A palavra Kabbalah em , no hebraico, significa ‘receber’. É o estudo que prepara o homem para receber os graus e planos da vida;
• É tradição oculta (esotérica, portanto) ou doutrina secreta dos judeus, no início transmitida via oral e depois revelada e elaborada por um corpus escrito sistêmico;
• Moisés transmitiu-a a Josué, e este por sua vez transmitiu-a aos Anciãos, que sequencialmente a transmitiram aos Profetas, que finalmente a transmitiram-na aos Membros da Grande Sinagoga...;
• O ZOHAR é o principal livro de texto da Cabala Hebraica e a base fundamental da “ARVORE DA VIDA” cabalista;
• Todavia, as bases monumentais da Cabala estão nos Livros do ANTIGO TESTAMENTO, no TALMUD e em livros rabínicos conhecidos;
• Encontram-se a sabedoria e os ensinamentos cabalísticos nos textos denominados SEPHER YETZIRAH (Livro da Criação ou da Formação), e nos textos da SEPHER-HÁ-ZOHAR (Livro do Esplendor);
SEPHER YETZIRAH (ou Livro da Criação)• É um texto antiqüíssimo e conciso, composto de apenas 6 (seis) capítulos;
• Possui uma abordagem mística e filosófica dos componentes constituintes do mundo; Especula-se que tenha sido escrita na Palestina ou na Síria, entre os séculos III e IV (talvez no final do Sec. II), de autores desconhecidos;
Saadih, no livro A PEDRA FILOSOFAL, refere-se a Qabalah como de autoria de Abrãao;
• O primeiro dos 6 capítulos do livro versa sobre alguns nomes atribuídos a DEUS e à criação do Universo por meio de 3 sepharim (números, letras hebraicas e sons):
• Os números significam as “forças transcendentais”, traduzidas pelas 10 Sephirot mais as 22 letras do alfabeto hebraico (forças básicas);
• Os 32 caminhos da sabedoria, são compostos pelas 10 Sephirot, mais as 22 letras hebraicas (Othioth), e representam “objetivos” ou “idéias” de significados simbólicos e ocultos;
• Os demais 5 capítulos versam sobre o significado das letras (a última não é expressa !):
• As 3 letras-mães (precedência do AR, da AGUA e do FOGO);
• As 7 letras duplas tomam a forma da VIDA, da PAZ, da SABEDORIA, da RIQUEZA, da BELEZA, da FRUTIFICAÇÃO e do DOMÍNIO;
As 12 letras simples associam-se com os NÚMEROS, com os SIGNOS ZODIACAIS, com os ÓRGÃOS SENSORIAIS, com o CORPO HUMANO, com as ATIVIDADES HUMANAS, e com as correspondências devidas.

Maçônicamente, ‘trabalhar a pedra bruta’ = ‘busca de auto-conhecimento’, ou também o entendimento do Adão Kadmon (microcosmo) interno a cada um de nós. Entende-se porque a maçonaria utiliza-se de tantos códigos cabalísticos.


ESCADA DE JACÓ e a KABBALAH

Conta-se sobre um sonho que Jacó adormeceu....
Gênesis 12: "E começou a sonhar, e eis que havia uma escada posta da terra e seu topo tocava nos céus; e eis que anjos de Deus subiam e desciam por ela".
Gênesis 17: "Jacó acordou do sono e disse: Verdadeiramente, Jeová está neste lugar e eu mesmo não o sabia".
Gênesis 18: "E ficou temeroso e acrescentou; Quão aterrorizante é este lugar. Não é senão a casa de Deus e este é seu portão de entrada".
A citação bíblica "a casa de meu pai tem muitas moradas" também nos reporta ao sentido esotérico, dizendo-nos que há muitos níveis para as criaturas dentro do seu grau de evolução e progresso.










Nesta 'escada', os Anjos sobem em sua 'Evolução' e também descem na ajuda espiritual aos demais. Pessoas com o "EU" acentuado (EGO, etc), usualmente vêem a 'Escada" só para ascender-se. Reflita sobre isto!
Existem mais coisas entre o céu e a terra do que jamais sonhou a vã filosofia !Parafraseando... "Existem mais coisas entre o KETHER e MALKUTH do que jamais sonhou a MAÇONARIA". Marcelo Antunes, dispõe magnifica figura em http://www.ordotrimegistus.net/ sobre a criação, mostrando os 4 planos da evolução: FÍSICO - ASTRAL - MENTAL e CAUSAL.
Em outra magistral figura de Marcelo Antunes, já mostrada neste Blog, estes 4 planos são vistos tridimencionalmente, à similaridade do encadeamento evolucional da figura anterior. Á frente do aprendiz, a 'Árvore da Vida' mostra o plano da TERRA (ASYYAH), com todo o seu conteúdo de materialidade. Às suas costas, como na evolução proposta no 'entendimento' da 'Escada de Jacó', os planos de evolução: AR - ÁGUA e FOGO. Em cada um destes planos mesma 'Arvore da Vida" dispõe em cada uma das 10 SEPHROT, e em cada um dos 22 CAMINHOS, um SIGIL (símbolo+conhecimento) diferente.
Na evolução dos graus, a maçonaria aponta aos iniciados o caminho da evolução. Se conhecidos os caminhos propugnados pela KABBALAH, a escalada de Jacó será muito melhor entendida!
E há muito mais...
REAA - SEMELHANÇAS OU MERAS COINCIDÊNCIAS?

A MENORAH e a KABBALAH

Uma contribuição aos graus filosóficos !
O candelabro de 7 velas (Menorah) dentro do tabernáculo era
uma obra de beleza extraordinária e consistia em três partes principais:
- a base:
- a haste principal:
- as hastes filiais.
Ao lado vemos um Menorah que está do lado de fora do Parlamento de Israel, o Knesset .


Mas, como podemos estabelecer correspondências da Menorah com a KABBALAK ?
A figura abaixo mostra lado a lado o ADÃO KADMON com a estrutura da KABBALAH:
Como uma representação do nosso microcosmo codificado, evidencia-se essa correspondência, apreciando-se a figura a seguir:

ASTROLOGIA e a KABBALAH

As lojas na maçonaria estão repletas de símbolos astrologicos. A alfabeto hebraico também guarda estreita correspondência com estes símbolos. A figura abaixo nos ajuda a visualizar estas correspondências:

No ALFABETO HEBRAICO:
As TRÊS LETRAS MÃES (SHIM -MEM - ALEPH) correspondem, respectivamente, aos elementos FOGO, ÁGUA e AR. Correspondem também aos 3 PLANETAS (transpessoais)
NETUNO - URANO - PLUTÃO .
As SETE LETRAS DUPLAS ( BETH - GIMEL - DALETH - KAPH - PEH - RESH e TAU) têm correspondência, respectivamente, com os 7 planetas (pessoais) SOL, LUA, MERCÚRIO, VÊNUS, MARTE, JUPITER e SATURNO.
As DOZE LETRAS SIMPLES (HEH - VAU - ZAYIN - SHET - TET - YOD - LAMED - NUN - SAMED - AYIN - ZADI e KOPH) têm correspondência, respectivamente, com os 12 SIGNOS astrais (Aries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Viergem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
As 12 letras simples correspondem também, respectivamente, aos 12 meses do Calendário Hebraico (Nissam, Iar, Sivan, Tamus, Av, Elul, Tishrei, cheschevan, Kislev, Tevet, Shevat e Adar.
Nos Templos Maçônicos, as 12 colunas que compõem as laterais, correspondem e levam os símbolos dos 12 SIGNOS astrais mencionados, que associam-se a datas que marcam a época da passagem do SOL no Equador Celeste (Eclíptica), de acordo com o Calendário Gregoriano.

CURIOSIDADES MAÇÔNICAS.



O verdadeiro maçom não precisa dizer que é maçom, aonde quer que ele esteja será reconhecido como tal.




Disseram-me um dia, como a muitos outros também deve ter sido dito em algum momento da caminhada na vida maçônica, que dom Pedro, numa mesma data teria sido iniciado, elevado, exaltado e conduzido ao Grão-Mestrado da Maçonaria no Brasil, e que teria adotado o nome simbólico de Guatimozim, em homenagem ao último Imperador asteca do México que resistiu em 1522 ao conquistador espanhol Cortez. O relato histórico das reminiscências desmistificam os “ditos” para conduzir ao real entendimento que dom Pedro de Alcântara, iniciado em 02 de agosto de 1822, só foi guindado ao cargo de Grão-Mestre em 04 de outubro de 1822, e confirma que o então Príncipe Regente foi iniciado na Maçonaria com os rigores ritualísticos, adotou o nome de Guatimozim e que não ordenou o “fechamento”da Ordem Maçônica.

Fica aqui o nosso primeiro registro curioso. O nome Guatimozim, entrementes, era o nome histórico adotado por Martim Francisco Ribeiro de Andrade, irmão carnal e maçônico de José Bonifácio, e que perfilava ao lado de Falkland [Antônio Carlos Ribeiro de Andrade], Tibiriçá [José Bonifácio de Andrade e Silva], Caramuru [Antônio Telles da Silva], Aristides [Caetano Pinto de Miranda Montenegro] e Claudiano [Frei Sampaio – Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio] nas alas maçônicas e registros do Apostolado e da Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz. Ademais, no Recife existia uma Loja Maçônica denominada Guatimosin, fundada em 1816 e que em 1821 mudou o seu nome para “Loja 6 de Marco de 1817”, em homenagem aos maçons sacrificados na gloriosa Revolução Pernambucana de 1817. A historiagrafia maçônica, contudo, passa ao largo da preferência de dom Pedro pelo nome heróico de Guatimozim.

Outro registro nos remete ao restabelecimento dos trabalhos maçônicos na forma ordenada por dom Pedro I. E estes, contudo, não foram reencetados, haja vista que a 02 de novembro de 1822, José Bonifácio determinou uma devassa contra os maçons do “Grupo do Ledo”, no episódio que ficou conhecido como “Bonifácia”. As razões ainda são pouco claras, ao que tudo indica o fato de dom Pedro ter sido aclamado Grão-Mestre numa sessão presidida por Joaquim Gonçalves Ledo foi interpretado como um golpe maçônico ao “Grupo do Bonifácio”, e os ânimos entre os grupos [azul e vermelho] que se mostravam em acirramento crescente desde o episódio que resultou em repreensão ao Frei Francisco Sampaio [Pílades] mostravam-se mais radicalizados com a eleição de dom Pedro para o cargo de Grão-Mestre em substituição a José Bonifácio. Devemos dizer que José Bonifácio efetivamente não compareceu a sessão em que dom Pedro tomou posse no cargo de Grão-Mestre, como de resto, não compareceu a nenhuma sessão importante e até mesmo foi colocado no cargo sem ser consultado, mas não foi totalmente tirado da diretoria, porque ainda era ministro de dom Pedro e continuava a exercer o cargo de Grão-Mestre Adjunto e Lugar-Tenente de dom Pedro no Apostolado.

O clima realmente esquentou quando o “Grupo do Ledo” tentou impor a dom Pedro, por ocasião da sua aclamação a Imperador do Brasil, em 12 de outubro de 1822, um juramento prévio da Constituição que seria elaborada pela Assembléia Geral Constituinte e Legislativa convocada pela circular de 17 de setembro de 1822. Tal fato desagradou profundamente ao “Grupo do Bonifácio” e ao próprio dom Pedro I, daí a interrupção dos trabalhos ordenada por este, para as “averiguações” procedimentais, na forma narrada nas reminiscências.

A abertura da “devassa” ordenada por José Bonifácio, dois dias depois da autorização emanada do Imperador e Grão-Mestre para o recomeço das atividades maçônicas, ocorreu depois que os Andradas [José Bonifácio e Martim Francisco] colocaram seus cargos de ministros à disposição do Imperador. Tão logo a notícia tornou-se conhecida no meio maçônico, iniciou-se um movimento no sentido de fazer o Imperador reintegrar os Andradas, o que acabo acontecendo. Reintegrados e fortalecidos pelas manifestações favoráveis, José Bonifácio desencadeou violenta repressão aos maçons identificados com a liderança de Joaquim Gonçalves Ledo e esse conjunto de fatos ficou conhecido como “Bonifácia”.

O devassado Joaquim Gonçalves Ledo fugiu para a Argentina com o auxílio do Cônsul da Suécia. José Clemente Pereira foi preso e depois deportado [30 de dezembro de 1822] para Havre, na França, em companhia de Januário da Cunha Barbosa, e posteriormente, os dois foram para Londres. Outros maçons foram presos e depois libertados, as lojas encerraram seus trabalhos e o Grande Oriente do Brasil fechado, deixando os maçons em pavorosa. Com a cissura, o fechamento do Grande Oriente do Brasil e sem oposição, os anti-maçons recrudesceram em campanhas, fazendo com que a Maçonaria aparecesse como inimiga do Imperador e do Trono, constituindo uma memória da Independência cada vez mais distante dos maçons e da Maçonaria. E a única voz que se ouvia bradar na imprensa era a do brigadeiro e maçom Domingos Alves Branco Moniz Barreto [Sólon] em seu jornal “Despertador Constitucional”.

O que se registra no meio maçônico, contudo, e em que pese o fechamento do Grande Oriente do Brasil, é que muitos maçons continuaram a se reunir às escondidas enquanto as lojas cerraram suas portas, atas e documentos maçônicos eram destruídos por todo o Brasil, à exceção de Pernambuco, onde as lojas funcionavam e os maçons se reuniam em oposição às determinações do Rio de Janeiro, e até conduziram os preparativos do movimento que ficou conhecido como Confederação do Equador – um dos momentos marcantes dos tempos de ouro da maçonaria pernambucana. Mas este é um relato para outra oportunidade.

Outra curiosidade marcante fica por conta de dois fatos. O primeiro, dom Pedro em 20 de julho de 1822, portanto, doze dias antes de ser iniciado, enviou um bilhete a José Bonifácio no qual tratava da Província da Bahia, convulsionada e resistente à Regência do Rio de Janeiro. Anote os termos maçônicos usados. Dizia o Príncipe Regente: “O Pequeno Ocidente toma a ousadia de fazer presente ao Grande Oriente, duas cartas da Bahia e alguns papéis periódicos da mesma terra há pouco vindas. Terra a quem o Supremo Arquiteto do Universo tão pouco propício tem sido. É o que se oferece por ora a remeter a este que em breve espera ser seu súdito e I\” [Arquivo da Casa Imperial do Brasil. Cartas (2) de D. Pedro a José Bonifácio. São Paulo, 20/07/1822 e 01/09/1822, II-POB-20.07.1822 – PI.B – c. 1-2, citado por Barata, ob. cit. p. 233], numa patente demonstração que os termos maçônicos não lhe eram desconhecidos e que esperava ser iniciado em nossa Ordem.

Outro fato singular refere-se a possibilidade do Príncipe Regente dom Pedro pertencer ao Apostolado da Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz, sociedade secreta de fins maçônicos fundada em 2 de junho de 1822 por José Bonifácio. O atesto é feito por Castellani ao citar Rio Branco em nota à “História da Independência do Brasil” de Vernhagem: “D. Pedro já pertencia, como ficou dito, a uma sociedade secreta, a Nobre ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz, denominada Apostolado. Pelo livro das atas que S. M. o Sr. D. Pedro II possui, e figurou na Exposição de História do Brasil [no 6.986], sabe-se hoje que essa sociedade fundada por José Bonifácio, começou a funcionar em 2 de junho. D. Pedro era, com o título de arconte-rei, o chefe do Apostolado, sendo José Bonifácio seu lugar-tenente. Pelo livro do juramento, também exposto em 1881, ficou patente que Gonçalves Ledo e Nóbrega, também pertenciam ao Apostolado” [Castellani, in História do Grande Oriente do Brasil, p. 70]. O Nóbrega referido poderia ser os maçons Francisco Luiz Pereira da Nóbrega ou Luiz Pereira da Nóbrega de Sousa Coutinho.




"LOUVADA SEJA A MAÇONARIA QUE NOS FEZ IRMÃOS"




terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pessoas especias merecem um cantinho especial em nossa Loja….confira os aniversariantes deste mês.

Que o tempo seja sempre o seu melhor parceiro, trazendo serenidade, equilíbrio e sabedoria – que lhe darão a receita ideal de como viver a vida, aproveitando o melhor que ela tem a oferecer.
Que as conquistas do passado lhe tragam à lembrança, não só alegrias, mas também a força e o entusiasmo para superar eventuais obstáculos e implementar os mais importantes projetos para o futuro.
Muita saúde, amor, paz, fé, esperança, alegrias e prosperidade!

Um sincero abraço e votos de muitas felicidades de toda Loja Amor e justiça 7!

Aos Aniversariantes do mês de Outubro.