segunda-feira, 19 de setembro de 2011

MAÇONARIA NO MUNDO: CUBA

Sede da Grande Loja de Cuba
Muitos são os rumores e curiosidades sobre a Maçonaria Cubana, visto o sistema peculiar que a ilha caribenha se submete nos últimos 50 anos. A verdade é que, historicamente, quando países são submetidos a governos opressores, a Maçonaria costuma ser uma das primeiras instituições a sofrer conseqüências. Sim, como Mãe da Liberdade, eterna Defensora da Democracia, não pode se esperar algo diferente. Então, como a Grande Loja de Cuba sobreviveu nesses 50 anos? Como ela funciona? A Maçonaria em Cuba está morrendo?
Ao contrário do que muitos podem pensar, a Grande Loja de Cuba, com seus mais de 150 anos de história, é uma Obediência forte e em crescimento. Cuba possui uma população de um pouco mais de 11 milhões de habitantes, menor do que a cidade de São Paulo.  Já os números maçônicos são surpreendentes: mais de 29 mil maçons divididos em 316 Lojas. Para se ter uma ideia, a GLESP - Grande Loja do Estado de São Paulo, maior Obediência Estadual do Brasil, possui menos de 21 mil membros.  
A Grande Loja de Cuba possui nada menos do que 170 tratados de reconhecimento que incluem: a Grande Loja Unida da Inglaterra, as 27 Grandes Lojas Estaduais Brasileiras e o Grande Oriente do Brasil, 47 Grandes Lojas Estaduais Norte-americanas. Não apenas reconhecida, mas também sempre atuante, a Grande Loja de Cuba foi uma das fundadoras da CMI – Confederação Maçônica Interamericana, tendo sediado um de seus importantes Congressos.
No campo histórico, a Maçonaria Cubana participou ativamente de todos os momentos importantes da história da ilha, desde a Independência até a Revolução. E toda essa história fica à disposição na Biblioteca Maçônica de Cuba (pública, fundada em 1893, com mais de 45.000 livros) e no Museu Maçônico, ambos localizados na sede da Grande Loja de Cuba: um prédio de 10 andares localizado na Avenida Allende, no centro de Havana.
Outro erro que se pode cometer é achar que a Maçonaria Cubana é privada da capacidade de Caridade, visto a aparente situação precária que a mídia apresenta da sociedade cubana. Na verdade, a Grande Loja de Cuba mantém um asilo para mais de 90 famílias, contando para isso com o apoio de suas Lojas jurisdicionadas.
Na verdade, as dificuldades enfrentadas pelas Lojas cubanas são as mesmas enfrentadas pela população cubana, geralmente relacionadas a reformas e construção civil. Cuba apresenta uma produção insuficiente de materiais e equipamentos e o setor é controlado pelo Estado através do MICONS – Ministério da Construção, o que resulta em templos não tão belos e conservados como se deseja. Apesar disso, o que temos é um exemplo claro de que a Fraternidade pode superar as dificuldades e obstáculos apresentados e fazer Maçonaria de verdade. Basta força de vontade.

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