segunda-feira, 16 de julho de 2012

 

Vamos ver o ato de pensar como algo prazeroso. Prazeroso por quê? Porque nos ajuda a conquistar nossas metas e sonhos de maneira mais produtiva, econômica, em menos tempo, com foco, direcionando nossa mente e energia para o que queremos. O que você quer para sua vida? Nos ajuda a mudar o que for preciso de forma tranqüila e calculada, a administrar nosso tempo, a sermos únicos e originais, criativos, independentes e livres da excessiva dependência da opinião alheia.Vamos refletir sobre alguns fatores que podem dificultar o pensar produtivo?
• Impulsividade: reagimos aos estímulos internos e externos sem reflexão, avaliação e escolha raciocinada de como agir. “Não tive paciência, falei e pronto!”. Não temos paciência para pensar e ponderar sobre a melhor forma de responder aos fatos. Antes de agir, nos acalmar para avaliar melhor o problema e verificar alternativas.
• Dependência: muitas vezes diante de um problema nossa primeira reação é pedir ajuda, sem ao menos pensar sobre o assunto de forma produtiva e levantar alternativas e hipóteses de solução. O outro pode nos auxiliar e é saudável compartilhar com quem nos sentimos seguros e temos confiança. Esta pessoa, inclusive, pode ser um profissional, um terapeuta. Mas não podemos nos esquecer da nossa capacidade de pensar, refletir, analisar. Vamos usar também nossos potenciais!
• Dispersão: diante de um problema, ao invés de nos concentrar em buscar alternativa, pensar e planejar uma estratégia eficiente para vencê-lo, nos dispersamos e começamos a divagar (“Por que comigo?”. “E agora? Não tem saída!”. “Eu não consigo!”. Enquanto isso... o problema está crescendo, se desenvolvendo, ficando robusto e forte. E conseqüentemente, mais trabalhoso para resolver).
• Acomodação: “Rever a forma de agir e de pensar?” “Pensar em alternativas para resolver os velhos problemas?”. “Mudar?”. Nosso sonho secreto é de que a nossa vida mude, sem precisarmos fazer nada (ou o mínimo), para que isso aconteça! Impossível! Ou, que as pessoas mudem, ao invés de nós mudarmos a nossa atitude diante das pessoas e acontecimentos. Vamos pensar, direcionar nossa mente e começar a construir a vida que queremos ter e ser.
• Rigidez: podemos ficar amedrontados diante da possibilidade de ver novas formas de fazer as coisas, de mudar. Desenvolvemos resistências a novas idéias, ao convite de verificar novas alternativas e possibilidades, ficamos apegados ao “nosso jeito de ser”, como se fôssemos seres estáticos e imutáveis. A resistência pode estar associada ao medo de errar, de ser criticado. Se você observar que há resistência as mudanças, reflita: “Qual a causa desta resistência?”. Pense em mudar algo em sua vida e observe a sua reação. Como você reage à possibilidade de mudança? Imagine que a resistência é uma pedra de gelo e, aos poucos, ela derrete e você sente-se confiante para seguir em frente.
• Insegurança: quando duvidamos de nossa capacidade de pensar e não damos crédito as nossas idéias, a tendência é nos esquivar desta prática. Quanto mais nos afastamos das oportunidades de pensar, analisar e avaliar algo, mais dificuldade teremos de fazê-lo quando surgir um problema. Não se preocupe em “pensar direito e certo”. Pense sobre a vida, a natureza. Pense sobre a ética, a família, Deus e o amor incondicional. Pense como você está vivendo, e se está vivendo de acordo com seus princípios e dentro do que acredita e professa. Se dê a oportunidade de rever, reavaliar e ampliar sua capacidade de pensar e refletir. O treinamento traz o aperfeiçoamento!
• Preguiça: procuramos respostas prontas para nossos problemas e desafios; comidas prontas, roupas prontas, tudo pronto, basta um telefonema e... está tudo pronto! Sem nenhum esforço de nossa parte. Tudo isso é ótimo, é a modernidade, o progresso e a tecnologia. Mas, em compensação, pode representar a regressão da nossa capacidade de pensar, criar, analisar, levantar alternativas e hipóteses, escolher, planejar, traçar metas, agir, monitorar a ação e colher aprendizado de cada desafio. A tecnologia, as facilidades, tem seu lugar e hora (e são ótimos!) mas não devem substituir nossa capacidade de pensar.Vamos ampliar a utilização desta máquina maravilhosa, perfeita e repleta de possibilidades: nossa mente!
Abraço fraterno!

domingo, 15 de julho de 2012


 SOB A LUZ DO LAMPIÃO
  Clodomir Monteiro da Silva



    1. A estância do João Batista
    É um primor de belezura
    Lá existe tanta fartura
    Que tudo nela é um colosso.
    Em qualquer campo que escolhas
    Só tem trevos de três folhas
    Combatendo o capim grosso.

    2. Na entrada tem dois palanques
    Gravados com iniciais
    De letras tradicionais.
    Tem a B pela direita
    E outra pela canhota
    Onde está gravado um Jota
    Em simetria perfeita.

    3. No fundo do avarandado
    Quando o trabalho começa
    O patrão muito estimado
    Tem um martelo na mão.
    Batendo com muita fé
    A turma se põe de pé
    Prontita para o serão.

    4. Depois de ter relatado
    O que antes fora feito
    O patrão Justo e Perfeito
    Dá ordens ao capataz.
    Mas este que tem um sota
    Repete a mesma lorota
    Sabendo porque o faz.

    5. Mais adiante, um piazote
    Desses piás de recado
    Pega um saquinho bordado
    Prá recolher algum cobre
    Que é sempre um bom ajutório
    Numa doença ou velório
    Em rancho de peão pobre.

    6. Lá pelas tantas da noite
    Quando a chusma se expande
    O dono da casa grande
    Faz a sua preleção.
    Mostrando o bem com clareza
    Vai dizendo com franqueza
    Muitas verdades ao Irmão.
7. Se nas rodadas da vida
Perderes a montaria
Procures bater um dia
Na casa desta fazenda.
Terás aqui bom cavalo
Cama e mesa que é um regalo
E amigos que te prenda.

8. Os homens são todos iguais
Perante o grande patrão.
Nunca tenhas a ilusão
De ser o mais virtuoso
Pois o couro de um animal
Se escolhe pelo carnal
Onde os gusanos têm pouso.

9. Sê limpo e de bons costumes
Nunca sujes tua mão
Porque senão meu Irmão
Terás fechado a porteira.
Viverás cruzando estradas
Tal qual as almas penadas
Em noites de sexta-feira.

10. Vais dizendo pelo mundo
Quanto vale a liberdade
Que o nível da igualdade
É uma jóia muito fina.
Que somos nossos espelhos
E os homens bem parelhos
São qual botão de batina.

11. E se encontrares alguém
Atolado na desgraça
Tens o dever, e de graça
Retirá-lo do atoleiro.
Tu, praticando esse bem
Verás que um outro alguém
Por ti já lutou primeiro.

12. As luzes que vocês vêm
São emblemas desta estância
Que iluminam as distâncias
Rompendo as trevas dos campos.
São os sacis sorrateiros
Que quando pitam palheiros
Pedem fogo aos pirilampos.
13. Dentro das trevas tem luz
Mas somente a estrela boa
Se reflete na lagoa
Na busca da própria imagem.
Dali é que brota essa luz
Que irmanamente conduz
Quem se perdeu na viagem.

14. Sigamos pois o exemplo
Da vida, na própria vida
Há uma coisa escondida
Que levanta o arreador.
Nos rodeios dos mistérios
Há tantos ventos gaudérios
Que brincam no corredor.

15. Da natureza bendita
Estudemos ensinamentos
Vemos que lição bonita
O campo lá fora nos dá.
Há contrastes de poemas
Nos risos das siriemas
Prá oração do sabiá.

16. Jamais um bando de garças
Estende seu lençol branco
À sombra de algum barranco
Que pode esconder surpresa.
Pois até a podre carcaça
Da corvalhada, tem graça
Tem fascínio, tem beleza.

17. Entre o céu e a terra amiga
Tem tanta filosofia
Que a nossa sabedoria
É difícil compreender.
Nasce a estrela no oriente
Tem que morrer no ocidente
Prá de novo renascer.

18. E assim nas portas do templo
Que nos abre a natureza
Só encontrarás beleza
De um colorido diverso.
E darás muito obrigado
Se fores um bom empregado
Do Patrão Mór do Universo.




    A Maçonaria é uma Ordem Universal, formada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, por métodos ou meios racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para a construção da Sociedade Humana.

É fundada no Amor Fraternal, na esperança de que com Amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria,com a constante e livre investigação da Verdade, com o progresso do Conhecimento Humano, das Ciências e das Artes, sob a tríade - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - dentro dos princípios da Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.

Desse enunciado, deduzem-se os seguintes corolários:

a. A Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR, ao qual, em respeito a todas a religiões, denomina Grande Arquiteto do Universo;
b. A Maçonaria não impõe limites à livre investigação da Verdade e, para garantir essa liberdade, exige de todos a maior tolerância;

c. A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes, crenças religiosas e opiniões políticas, excetuando aquelas que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana, ou que exijam submissão incondicional aos seus chefes, ou façam deles - direta ou indiretamente - instrumento de destruição, ou ainda, privem o homem da liberdade de manifestação do pensamento;

d. A Maçonaria Simbólica se divide em três Graus, universalmente Reconhecidos e adotados: Aprendiz, Companheiro e Mestre;

e. A Maçonaria, cujo objetivo é combater a ignorância em todas as suas Modalidades, constitui-se numa escola mútua, impondo o seguinte Programa:
- obedecer às leis democráticas do País;
- viver segundo os ditames da Honra;
- praticar a Justiça;
- amar ao Próximo;
- trabalhar pela felicidade do Gênero Humano, até conseguir sua emancipação progressiva e pacífica.

f. A Maçonaria proíbe, expressamente, toda discussão religiosa-sectária ou político-partidária em seus Templos;

g. A Maçonaria adota o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, como suas Três Grandes Luzes Emblemáticas. Durante os trabalhos, em Loja, deverão estar sempre sobre o Altar dos Juramentos, na forma determinada nos Rituais;

A par desta Definição de Princípios Fundamentais, e da declaração formal de aceitação dos Landmarks, codificados por Albert Gallatin Mackey, a Maçonaria proclama, também, os seguintes postulados:

I - Amar a Deus, à Pátria, à Família e à Humanidade;
II - Exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes;
III - Lutar pelo princípio da Eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e méritos;

IV - Combater o fanatismo e as paixões que acarretam o obscurantismo;

V - Praticar a Caridade e a Benemerência de modo sigiloso, sem humilhar o necessitado, incentivando o Solidarismo, o Mutualismo, o Cooperativismo, o Seguro Social e outros meios de Ação Social;

VI - Combater todos os vícios;

VII - Considerar o trabalho lícito e digno como dever primordial do Homem;

VIII - Defender os direitos e as garantias individuais;

IX - Exigir tolerância para com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a Verdade, a Moral, a Paz e o Bem Estar Social;

X - Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a se dedicarem à felicidade de seus semelhantes, não somente porque a Razão e a Moral lhes impõem tal obrigação, mas porque esse sentimento de solidariedade os fez Filhos Comuns do Universo e amigos de todos os Seres Humanos.



Em "Lições de Filosofia e Maçônica" o Irmão Moisés Mussa Battal, traz diversas e importantes definições sobre o tema.

"A filosofia maçônica separa o valioso do sem valor nas doutrinas e sistemas que a História conheceu; o permanente, constante, do arcaico, e o proveitoso para o homem e a sociedade do inútil para ele.

A filosofia maçônica coloca o homem no centro de sua preocupação e trabalha pela crescente melhora de suas condições vitais.

A filosofia maçônica nos incita a procurar para o homem a dignidade, o decoro, a consideração e o respeito `a sua personalidade, cinzelada nas contingências da vida, enquanto ela se desenrola em torno de um temperamento, de uma vontade, uma inteligência e uma vocação.

A filosofia maçônica deseja que o ser e a existência do homem girem em torno de três valores superiores que a História destacou como as maiores conquistas da humanidade: liberdade, igualdade e fraternidade. Ela pondera mais que nenhuma outra, dentre as três, a fraternidade, pela transcendência e os benefícios que implica e abarca tanto na esfera do individual como no coletivo.

A filosofia maçônica quer defender o homem da ignorância e da incultura, dos temores e das necessidades, da exploração e das injustiças, do fanatismo do dogma, dos tabus sobretudo da opressão e das tiranias interiores e exteriores de qualquer classe.

A filosofia maçônica deseja situar o homem numa sociedade onde reine a ordem e o trabalho, a igualdade de possibilidades e de oportunidades, a paz e o progresso, a competência não bastarda, mas que desenvolva as capacidades e as iniciativas, e a cooperação e a solidariedade contidas em seu ser. Quer prepara-lo para viver e atuar inteligente e construtivamente num regime democrático e conseguir a melhora e o aperfeiçoamento deste seu regime, de maneira que alcance o que ele ofereça nos campos econômico, social, cultural e político. E defende o regime democrático porque, até agora, é o que melhor se apresentou. E o quer total e não parcial.

A filosofia maçônica quer faze-lo sentir e segurar e incorporar a seu ser e existência esta noção da independência, da interação, da intercomunicação dos indivíduos e dos grupos e dos povos da humanidade. Ao procurar-lhe esta consciência está fundamentando a fraternidade humana, a paz e a solidariedade.

A filosofia maçônica mostra ao homem o incalculável valor da arte de pensar bem e do domínio humano, pelo saber, sobre a natureza e a sociedade. Ela lhe mostra, também, o valor incalculável do livre exame e da dúvida metódica e o domínio sobre os meios e instrumentos que reclamam uma ação sábia, prudente e eficaz. Evidencia e demonstra-lhe que a ciência e a lógica, em que pese sua eficiência e utilidade, não satisfazem toda a ânsia humana de saber nem sobrepujam nem superpassam as contingências na existência humana. Demonstra a ele que o concerto harmônico de cérebro, mão e coração é superior a todo intelectualismo enfermiço, a todo falso ou aparatoso romantismo, a todo predomínio controlado da técnica desumanizada. Procura fazer que sua vida se deslize dentro do triângulo áureo da verdade, do bem e da beleza. E que uma vez organizada e afinada sua vida, ela se ponha ao serviço do bem comum. Forma homens, forma dirigentes, forma combatentes pela verdade e o bem. Acende no homem sua fé e seu entusiasmo em torno das possibilidades de superação que há em todos os indivíduos e em todos os povos. Consolida sua crença em que o superior emerge do inferior e em que um transformismo meliorativo, que melhora a condição humana, é factível não sòmente na condição humana, mas em toda ordem de coisas. Trata de dissipar nele toda burla e perda do sentido de universalidade, todo resto de cepticismo infecundo e sobretudo toda mostra de dúvida constante e cega, pirrônica. Sustenta no homem sua adesão insubornável aos poderes do entendimento e da razão, mas sem menosprezar os aportamentos empíricos da experiência. Leva-o a apoiar-se num positivismo científico e não estacar-se no exercício da meditação e das lucubrações nos campos metafísicos da ontologia, da gnoseologia e da axiologia. Reforça suas preocupações e seus estudos comparados em torno das religiões para retemperar nela a tolerância; respeitar a inata religiosidade e abraçar um deísmo ou um gnosticismo eqüidistante do ateísmo estéril e do teísmo anticientífico e antirracional, sempre eivado de sectarismo e de proselitismo anacrônicos. Ele é levado a assumir uma atitude tolerante frente ao magismo, ou seja, à magia e à parapsicologia; mas também evitar que se entregue com entusiasmo infundado estas ocupações; logo verá, diz, a luz pelo caminho da investigação nestes casos em particular.

A filosofia maçônica está ao lado do espiritualismo, sem deixar de considerar e ponderar o que houver de valioso e provado nas correntes materialistas. Adere ao postulado que está acima do individualismo e do coletivismo obsecado e segundo o qual o indivíduo existe em, por e para a sociedade e esta, ou seja, a sociedade, existe por e para o indivíduo. Exalta a preocupação pela existência humana, seus problemas, suas preocupações, suas esperanças, mas sem cair nas garras do existencialismo, sobretudo do pessimista tétrico e aniquilador.

Confirma no homem a necessidade da organização e da hierarquia, da direção, da subordinação, dos regulamentos; da conseqüente seleção no ingresso e na ascenção, até a formação de um agrupamento humano de elite. Da disciplina consciente e aceita; da divisão do trabalho e da cooperação e da solidariedade institucionais.

Recorre aos continentes constantes, símbolos, números, alegorias, rituais etc., para moldar neles os conteúdos circunstanciais das épocas históricas e manter assim a persistência das doutrinas e dos costumes, conforme à lei de constante mudança e do vaivém ideológico e das modas imperantes. Reforça o caráter prospectivo do homem e a vantagem de que se fixem metas e fins preestabelecidos em sua existência, objetivos e fins que possa alcançar, utilizando o poder, o saber, a estabilidade emocional e a serenidade.

Aproxima-se a filosofia maçônica do socratismo e do aristotelismo e mais, ainda, do estoicismo e do senequismo, às posições renascentistas e racionalistas; inviolavelmente adicta a Ilustração ou Iluminismo; ligada estreitamente ao criticismo kantiano; ao espiritualismo; ao positivismo e, particularmente, ao evolucionismo e à filosofia da vida; ela se retira certa e efetivamente da órbita de Nietzsche e de Marx, de Sartre e de Camus que atentam contra a personalidade humana; e tem contatos, em compensação, à distância, com o intuicionismo e os movimentos fenomenológicos prospectivos e axiológicos.

Esta é, numa síntese abreviada, muito reduzida e quase esquemática, a relação de como a filosofia maçônica enquadrou-se na filosofia geral e extraiu estas posições e destas tendências".



A Maçonaria é uma instituição universal, fundamentalmente filosófica, trabalha pelo advento da justiça, da solidariedade e da paz entre os homens.

De acordo com o grande professor, Irmão Moisés Mussa Battal, da Grande Loja Maçônica do Chile, a Maçonaria não é uma escola filosófica, mas uma escola do filosofar.

"A tarefa essencial da filosofia maçônica é irradiar a luz de nossos princípios e de nossos hábitos para melhorar a condição humana. Mais que monovalente, ou seja, de uma só linha, de uma só raiz, ela é polivalente. Tem vertentes, então, que a alimentam e ela se reparte como um delta no mundo profano.
 É tradicionalista e às vezes progressista; isto parece um paradoxo, mas não o é; tradição é conservar o melhor do passado para utiliza-lo em compreender mais o presente e preparar um porvir melhor que o presente. Ela não é o ensinamento de um conjunto de normas e princípios; nem um pensar exclusivo e excludente; é uma reflexão da vida e para a vida".





A Maçonaria buscou sua essência filosófica, nas mais diversas escolas do pensamento humano.
É possível descobri-la entre os filósofos gregos, dos períodos romano e helenístico. Sua identificação fica mais clara ainda, quase que em sua totalidade, junto às escolas filosóficas modernas: Renascimento, Racionalismo e Iluminismo.
O grande objetivo das escolas modernas, era a liberação da consciência humana.
Além da prática do livre pensamento, a filosofia moderna traz impregnada em sua estrutura, um programa que vai desde a valorização da vida natural, passando pela ciência e investigação científica, até o reconhecimento dos valores e direitos individuais.


Dia dos Reis Magos • Dia do Astrólogo



Segundo a tradição, os Reis Magos eram três: Gaspar, cujo nome significa “Aquele que vai inspecionar”; Melquior, que quer dizer: “Meu Rei é luz”; e Baltasar, que se traduz por: “Deus manifesta o Rei”. Não seriam reis, necessariamente, mas talvez sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia.

Existem muitas hipóteses sobre a estrela que os magos viram (magoí em... grego era a palavra com que se denominava à casta de sacerdotes persas e babilônios que se dedicavam ao estudo da astronomia e da astrologia) e que os levou a enfrentar uma viagem de uns mil quilômetros com o objetivo de prestar homenagem a um recém nascido.

Tudo indica que os Magos eram astrólogos, já que seguiam estrelas e faziam cálculos para saber dia e local onde ocorreria o nascimento de Jesus, marcando o advento. A Estrela de Belém, tão mencionada nas escrituras, pode ter sido um alinhamento planetário entre Júpiter, Saturno e Marte, representando simbolicamente os três povos conhecidos: o branco (Júpiter) representado por Melchior, o negro (Saturno), representado por Baltazar, e o amarelo, asiático (Marte), Gaspar. Chegando ao local do nascimento, os magos abriram seus cofres e entregaram grande quantidade de presentes aos pais, Maria e José.


Em seguida, cada um deles entregou uma moeda de ouro como presente para Jesus.

O primeiro mago o presenteou com ouro, o segundo com incenso e o terceiro com mirra, para reafirmar a natureza nobre, a realeza de Jesus.

Desde o início dos tempos o ouro é um dos artigos mais valiosos, sempre associado à realeza. Na antiguidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano, incenso aromático utilizado em cerimoniais religiosos, para um sacerdote, representando a espiritualidade, e a mirra, uma resina balsâmica extraída de uma árvore, para um profeta que se sacrificaria pela humanidade.

Esse alinhamento deve ter acontecido no signo de Peixes, no mesmo período em que tinha início a Era de Peixes, a era cristã, marcada pelo nascimento de Jesus e pelo posicionamento do ponto vernal, a linha do Equinócio, ingressando na constelação de Peixes. De qualquer modo os Reis buscavam nas estrelas um caminho para o novo tempo, uma nova era de esperança e fé. Neste dia dedicado aos Reis Magos, também conhecido como o Dia do Astrólogo, vamos nos dirigir para um novo tempo, olhando para o futuro com mais otimismo e alegria, certos de que somos donos de nosso destino e capazes de dirigir nosso futuro para a felicidade a que temos direito.
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Amor e Justiça



Houve, séculos atrás, uma tribo cujo chefe era tido como superior aos chefes 
de todas as demais tribos.

Naquela época, a superioridade era medida pela força física. Assim, a tribo 
mais poderosa era a que tinha o chefe mais forte.

Mas o chefe de que estamos falando não tinha somente força física. Ele era 
também conhecido por sua sabedoria.

Desejando que o povo vivesse em segurança, ele criou leis abrangendo todos os aspectos da vida tribal.

Eram leis severas que ele, como juiz imparcial, fazia cumprir com rigor.

Certa feita, problemas começaram acontecer na tribo. Alguém estava cometendo  pequenos furtos.

O chefe reuniu a tribo e com tristeza no olhar, frisou que as leis tinham 
sido feitas para os proteger, para os ajudar. Como todos tinham o de que 
necessitavam para viver, não havia necessidade de ocorrerem furtos. Assim, 
ele estabeleceu que o responsável teria o castigo habitual aumentado de 10 
para 20 chibatadas.

Os furtos, entretanto, continuaram. Ele voltou a reunir o grupo e aumentou o 
castigo para 30 chibatadas.

Mas os furtos não cessaram.

"Por favor", pediu o chefe. "estou suplicando. Para o bem de vocês, os 
furtos precisam parar. Eles estão causando sofrimento entre nós."

E aumentou o castigo para 40 chibatadas.

Naquele dia, os que estavam próximos dele, viram que uma lágrima escorreu 
pela sua face, quando ele dispersou o grupo.

Finalmente, um homem veio dizer que tinha identificado o autor dos furtos. A 
notícia se espalhou e todos se reuniram para ver quem era.

Um murmúrio de espanto percorreu a pequena multidão, quando a pessoa foi trazida por dois guardas. A face do chefe empalideceu de susto e sofrimento.

Era sua mãe. Uma senhora idosa e frágil.

"E agora?" Pensou o povo em voz alta. Todos começaram a se questionar se o chefe seria, ainda assim, imparcial. 

Será que ele faria cumprir a lei? Seria  o amor por sua mãe capaz de o impedir de cumprir o que ele mesmo estabelecera?

Notava-se a luta íntima do chefe que, por fim, falou:

"Meu amado povo. Faço isso pela nossa segurança e pela nossa paz. As 40 
chibatadas devem ser aplicadas, porque o sofrimento que este delito nos 
causou foi grande demais."

Acenou com a cabeça e os guardas fizeram sua mãe dar um passo à frente.

Um deles retirou o manto dela, deixando à mostra as costas ossudas e 
arqueadas. O carrasco, armado de chicote, se aproximou e começou a 
desenrolar o seu instrumento de punição.

Nesse momento, o chefe deu um passo à frente. Retirou o seu manto e todos 
puderam ver seus ombros largos, bronzeados e firmes.

Com muito carinho, ele passou os braços ao redor de sua querida mãe, 
protegendo-a, por inteiro, com o próprio corpo.

Ele encostou o seu rosto ao da mãe e misturou as suas com as lágrimas dela.

Murmurou-lhe algo ao ouvido e então, fez um sinal afirmativo para o 
encarregado.

O homem se aproximou e desferiu, nos ombros fortes e vigorosos do chefe da tribo uma chibatada, após outra, até completar exatamente 40.

Foi um momento inesquecível para toda a tribo que aprendeu, naquele dia, 
como se podem harmonizar com perfeição, o amor e a justiça.

***

O amor é vida, e a compaixão manifesta-lhe a grandeza e o significado.

O amor tudo pode e tudo vence, encontrando soluções para as situações mais difíceis e controvertidas.

Enfim, o amor existe com a finalidade exclusiva de tornar feliz quem o 
cultiva, enriquecendo àqueles aos quais se dirige. 




HOMENAGEM AO DIA DE HOJE, 14 DE JULHO.


Forçoso me é ressaltar para o fato de que a data de hoje, 14 de julho, na França não é reservada para que seja comemorada a famosa “Queda da Bastilha”, que gravou, indelevelmente, a sangue, na história política mundial e da humanidade, os guilhotinamentos de vultos do processo da Revolução Francesa, mas como uma data que entrou para o calendário cívico francês, como a celebração de um outro evento: a Festa da Federação, realizada em 14 de julho, mas do ano de 1790, quando, no ponto alto dessa festa, La Fayette jurou fidelidade à nação e à lei.

Por ironia da história, esse solene juramento foi repetido pela multidão e, pasmem, pelo próprio Luís XVI que, por sua vez, antes jurara ser fiel à Constituição. Um “Te Deum” (hino litúrgico) encerrou a jornada, que terminou em vivas e abraços.

Não houve qualquer manifestação de contestação à monarquia, senão, e apenas, foi ratificada a revolução, com os vivas à união nacional. Foi esse, portanto, a disposição de vontades dos deputados do século XIX, que, tão somente, quiseram associar ao 14 de julho de 1789, a “Queda da Bastilha”. Todavia, na memória dos franceses e do mundo, a data sempre será rememorada como tendo sido em relação ao dia em que o povo tomou a Bastilha, que era considerado como sendo o maior símbolo do absolutismo francês.

A minha homenagem hoje à data, pois, é direcionada para brindar aos três grandes princípios que inspiraram, e ainda, continuam a nos inspirar a todos nós, os Obreiros da Arte Real, para a construção de um mundo melhor, mais humano, onde sempre prevaleça a vontade popular, através da democracia, o lema LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE, que até os dias atuais está impregnado e estigmatizado nos anseios de todas as nações espalhadas pelo planeta, muito embora excluído das mentes patológicas dos ditadores desumanos, em que o mal ainda insiste em sustentá-los em posição de dominação e mando.

Não venho também a objetivar, numa manifestação materializada nesta singela nota de demonstração de civismo e fraternidade, como homem livre e de bons costumes, brindar aos guilhotinamentos do casal real deposto, Luís XVI e Maria Antonieta, que tombaram sob os ruídos estrondosos dos muros da Bastilha, quando executados em praça pública, sob os aplausos e risos de uma platéia por demais cansada do despotismo e opulência ostentados pela coroa de França, cujo período foi marcado por excessiva violência e ficou conhecido como o Grande Terror.

Não. Não posso fazê-lo dessa forma, posto que seria o mesmo que homenagear a data para relembrar atrocidades, que particularmente condeno, uma vez que igual e triste destino também foi vítima o ícone revolucionário e brilhante maçom, Robespièrre, que, em companhia de Marat, Danton, Hébert e outras mentes iluminadas, tomou a Convenção Nacional, prendeu os líderes Girondinos e assumiu o poder, dando início ao período da Convenção Montanhesca, sempre sob a inspiração da luta pela liberdade, igualdade e fraternidade, que terminou por difundir-se pelo mundo todo, até chegar ao Brasil, onde apaixonou os homens que idealizaram a libertação da Colônia do jugo português, através de uma conjuração organizada por grandes nomes, a exemplo de Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa e Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, que a rainha Maria I teve por decisão malévola, não conceder a ele o degredo na África, como o fez em relação aos seus três companheiros citados, preferindo deixar o seu nome para a história, nomeando-o, tacitamente, o maior mártir do Brasil.

No Maranhão, onde a dinastia francesa pretendia fundar a “França Equinocial”, também pulverizou os seus horrores, vindo a atingir o nosso idealista mór, Manuel Beckman, o “Bequimão”, que a exemplo de Robespière e Tiradentes, também foi executado em praça pública, desta feita em minha bela São Luís, à beira-mar, lançando o seu último e vital olhar à baia de São Marcos, na certeza de que iria sucumbir, para poder deixar nascer no povo do Maranhão, os vivas à LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE.
Por:
Marco Antonio Netto Teixeira, 33º, MMI